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Idesp "reprova" mais de 70% das nossas escolas
8 de junho de 2014
"Das 92 unidades da rede municipal avaliadas, apenas 24 conseguiram nota acima da média estadual"
Por Caíque Toledo/Taubaté
redacao@gazetadetaubate.com.br
Mais de 70% das escolas municipais de Taubaté avaliadas pelo Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo) tiveram nota inferior à média estadual. Participaram da prova 92 escolas municipais da cidade, sendo que apenas 24 tiveram média superior à média das escolas municipais do Estado. Nenhuma das escolas atingiu a nota máxima de pontuação.
Participaram 41 escolas do quinto ano do ensino fundamental, e apenas cinco ultrapassaram a média do Estado (de 4,42 pontos). O destaque foi a escola municipal Amedeo Piccini, que alcançou nota 5,99 — a nota máxima para essa classe é sete pontos.
Para o nono ano do ensino fundamental, 18 escolas obtiveram média superior aos 2,5 do Estado. No total, participaram 39 unidades, e a maior nota foi da escola Professor José Ezequiel de Souza — 3,36 de um máximo de seis. No terceiro ano do ensino médio, duas escolas participaram, e o Ezequiel teve 3,46 de cinco pontos possíveis, ultrapassando a média estadual de 1,83.
O resultado foi comemorado pelo prefeito Ortiz Junior (PSDB), que exaltou as 24 escolas que ultrapassaram as notas estaduais. “Estou muito feliz com o resultado do Idesp em Taubaté: 24 escolas do município apresentaram médias superiores as de todo o Estado”, disse Ortiz em seu perfil na rede social Facebook.
Notas/ Mesmo com alto índice de reprovação, se somadas às notas, Taubaté tem uma média superior ao Estado em duas das três avaliações. Na prova do terceiro ano do ensino médio, a nota média estadual foi 1,83, enquanto Taubaté teve 3,46 — uma vez que somente a escola Ezequiel participou, já que o Monjolinho contabiliza seus dados conjuntos.
No nono ano, a média taubateana foi de 2,61, enquanto a nota do Estado alcançou média de 2,50. A baixa fica por conta do quinto ano do ensino fundamental, onde Taubaté teve média de 3,71 (e apenas cinco foram ‘aprovadas’), e o Estado teve nota média em 4,42.
Opinião/ Alunos e professores ouvidos pela reportagem criticaram a rede pública. “A média do Estado já é baixa e eles colocam isso como êxito? Só ver que grande parte das que participaram não chegaram perto da média, a maioria ainda não tem um resultado satisfatório. A educação da cidade vai de mal a pior”, disse um professor da rede municipal, que pediu para não ser identificado.
“Algumas escolas são pequenas, fica muito mais fácil trabalhar. Ninguém sabe o que um professor passa dentro de escolas da periferia, que têm os piores índices. A administração não faz nada para melhorar a situação”, afirmou outro profissional.
“Meu filho estuda em uma das escolas acima dessa média, mas é revoltante ver o prefeito comemorar esse índice. Só mostra que ele não tem o que comemorar e está satisfeito com pouca coisa”, disse a mãe de um aluno da rede pública.
Câmara diz que é preciso melhorar
Na avaliação da vereadora Pollyana Gama (PPS), presidente da Comissão de Educação da Câmara, o resultado só deveria ser comemorado se houvesse uma crescente no número de escolas com nota acima à média estadual. "Essa comemoração é prematura. Precisamos ver primeiro a evolução, para não falarmos apenas dos números frios", disse a vereadora.
A Gazeta de Taubaté tentou buscar o número do último Idesp, mas foi informada pela prefeitura de que, para acessar esses dados, era necessário um código adquirido na antiga gestão — e que não é de conhecimento dos atuais funcionários.
"O fato de 24 escolas municipais estarem acima da média do Estado, se por um lado é motivo para elas comemorarem, por outro é motivo de preocupação para as demais", disse a parlamentar.
"Claro que a gente não pode desconsiderar o esforço dessas escolas, mas não pode esquecer que a grande maioria ficou abaixo. É necessário levantar os dados de participações anteriores, para saber se estamos em uma crescente ou não. Mas é preocupante", completou a presidente da Comissão de Educação da Câmara.